Durante a infância e adolescência, os pais e professores precisam constantemente lidar com algumas dificuldades de seus filhos e alunos, como desmotivação, falta de hábitos e de estratégias de estudo, dificuldade de manter o foco de atenção por muito tempo, dificuldade em lidar com as frustrações, de controlar o próprio comportamento de acordo com as demandas do ambiente, de parar e pensar antes de agir, entre outras. Apesar de alguns comportamentos poderem ser considerados típicos de crianças e outros desaparecerem com o tempo devido a intervenções ou a questões do próprio desenvolvimento, algumas dificuldades podem persistir, causando prejuízos pessoais, familiares, sociais e/ou acadêmicas. Este é o caso do Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH).
Crianças e adolescentes com TDAH possuem déficits principalmente com as funções executivas,podendo apresentar dificuldade com o controle inibitório, memória de trabalho, flexibilidade cognitiva, atenção sustentada e dificuldade com a postergação do reforço. Diante desses déficits nas funções executivas, estas crianças podem ter dificuldade em completar as atividades de sua rotina sem a supervisão de outra pessoa; em resistir à distração enquanto estão concentradas; em realizar tarefas tediosas, mesmo entendendo que naquele momento é preciso realizá-las; podem não conseguir ser persistentes e manter a atenção e a motivação em exercícios mais difíceis. Também podem possuir dificuldade com a organização e planejamento do tempo; dificuldade em se esforçar para conseguir recompensas maiores e de longo prazo em vez de optar por menores, mas imediatas e não conseguem permanecer por muito tempo realizando coisas que não lhe despertem um interesse imediato. Assim, diante destas dificuldades, estas crianças e adolescentes podem precisar de orientações e estratégias diferentes das outras, já que o ambiente no qual estão inseridas pode potencializar uma dificuldade ou amenizar, tanto de crianças saudáveis quanto de crianças com algum transtorno ou dificuldade.
Fonte: http://blog.cicloceap.com.br/a-neuropsicologia-do-tdah/